O Pix chegou em 2020 como uma ferramenta alternativa às transferências bancárias e meios de pagamento dos brasileiros, porém já se concolidou como uma das estratégias mais sólidas dessa natureza. Tanto que já existem 380 milhões de chaves registradas, segundo o Banco Central, e 71% da população aderiram ao sistema. Em 2021, seu portfólio aumentou, com o lançamento do Pix Saque e do Pix Troco. Agora, em 2022, surge o Pix parcelado.
Com ele, é possível transferir dinheiro ou realizar pagamentos instantêneos mesmo sem ter dinheiro na conta. Assim, o destinatário final recebe o valor integral da transação enquanto o pagador tem a possibilidade de parcelar o débito em até 24x com juros bem abaixo das taxas de juros do cartão de crédito ou do empréstimo pessoal. E essa contratação pode ser realizada a partir de R$10.
Até o momento, três instituições financeiras contam com a opção em seus catálogos. PicPay, Mercado Pago e Santander são os pioneiros, porém ela deve figurar no portfólio de outras instituições em breve. Entre elas, não há diferenças significativas nos valores cobrados pelo serviço, entre 2,09% e 3,99%. Mas, a forma de a cobrança do valor ser realizada difere.
Enquanto o PicPay coloca o valor da parcela na fatura do cartão de crédito, Mercado Pago e Santander debitam-no diretamente da conta corrente. Ou seja, é preciso calcular também o risco de inadimplência, porque o saldo pode sofrer com os valores do rotativo ou do cheque especial sobre si. Ou seja, pode significar a possibilidade de endividamento caso não seja bem pensado.
Leia mais: Pix no cartão de crédito: veja como fazer em um passo a passo!
Entendendo o Pix parcelado
A nova modalidade Pix parcelado funciona basicamente como um empréstimo. Para quem está sem dinheiro na conta, o mecanismo acaba sendo idêntico a pedir dinheiro emprestado a uma instituição financeira para receber o crédito imediatamente e pagá-lo em até 24 parcelas, a depender da instituição financeira. Porém, as formas de cobrança do valor contratado e suas taxas acabam sendo diferentes.
Para quem vai receber, não existe diferença pois o valor a ser recebido é integral. Ou seja, a mesma lógica do cartão de crédito, na qual o dono da maquininha ou do comércio recebe o montante global diretamente da operadora do cartão. Quem fica com prestações é quem paga, geralmente a juros pelo valor da compra ou suportados pela anuidade do cartão de crédito.
O Banco Central ainda não definiu as regras para esse tipo de operação, então pode ser que a regulamentação geral venha a diferir daquilo que é ofertado até o momento por Santander, Mercado Pago e PicPay. Mas, no formato em que está ofertado, parece ser uma ótima opção para quem necessita de crédito. Além disso, porque a alternativa funciona integralmente pelas plataformas das insituições, os aplicativos. Uma facilidade!
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Taxas do Pix parcelado
Em comparação ao cheque especial e aos juros do rotativo do cartão de crédito, o Pix parcelado mostra vantagens significativas. Veja o quadro abaixo:
Operação | Taxa |
Pix Parcelado | 2,09% – 3,99% ao mês |
Cheque especial | 7,85% ao mês (média) |
Cartão de crédito | 172,5% ao ano (média) |
Instituições que oferecem
Nas três instituições que oferecem o serviço até o momento, existem condições diferentes. Por isso, caso você esteja pensando em realizar esse tipo de contratação, vale a pena tentar enquadrar suas necessidades naquela que melhor atenda ao seu perfil financeiro.
Com relação ao valor máximo a ser disponibilizado ao cliente, não há determinação pelas instituições de quais sejam. Nesse caso, vai depender do perfil de gastos e adimplências do cliente junto à empresa. Assim, quem tem maior volume de gastos junto a cada uma delas tem maiores chances de aumentar suas possibilidades de uso do Pix parcelado. E, vale dizer, ele vai depender de se ter uma linha de crédito pré-aprovada.
Pix parcelado pode ser vantajoso
Carlos Castro, planejador financeiro pela Planejar, cria um cenário em que é possível perceber quando o Pix parcelado é uma vantagem a ser utilizada. Mas, é claro, é preciso usar da calculadora para saber!
Suponhamos que para comprar um determinado produto seja necessário gastar R$1.000, porém que esse mesmo produto à vista saia por R$900. Considerando as taxas cobradas até o momento, um Pix parcelado a 2,09% ao mês (a taxa mais baixa do mercado) tem uma taxa de 6,40% no período, o que faria o bem custar R$958 ao final dos pagamentos. Mesmo assim, essa transação garante R$42 de desconto sobre o valor total do produto, pelo menos com o custo atual desse tipo de Pix.
Em caso de inadimplência
Como nem tudo são flores, já diria o poeta, é preciso fazer um superalerta, e ele recai sobre a inadimplência com as parcelas. Isso, pois as formas de as insituições cobrarem o saldo vão ser bem específicas, e você precisa se atentar a elas para o caso de faltar grana no correr da carruagem:
Instituição | Forma de cobrança |
Mercado Pago | O valor é debitado diretamente da conta corrente. |
Santander | O valor é debitado diretamente da conta corrente. |
PicPay | O valor é faturado no cartão de crédito. |
Então, suponhamos que você não consiga suportar o valor da cobrança mensal num determinado mês. Nesse caso, vão incidir os valores das próprias instituições sobre o rotativo do cartão de crédito ou do cheque especial. Assim, corre-se o risco de entrar numa bola de neve, pagando extras sobre um contrato que já tem valor superior ao crédito recebido. Ou seja, extras sobre extras, e aqui estão duas das maiores causas de endividamento dos brasileiros: cheque especial e rotativo do cartão!
Portanto, antes de realizar a contratação, vale a pena ponderar suas necessidades e ter um planejamento financeiro para incluir o saldo no seu custo fixo mensal. Além disso, também vale a pena considerar quais sejam os impactos maiores no caso de inadimplência, o do cheque especial ou o do rotativo do cartão de crédito.
É um toma lá dá cá constante, pois inclusive para perder um pagamento uma dessas instituições vai atender melhor ao seu orçamento. Então, tenha um olhar para a pintura global da obra antes de se aventurar!
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