Nesta quarta-feira o Copom anunciou um aumento de 1,00% na taxa Selic, que é a nossa taxa básica de juros, contudo, na prática, o que isso muda para você como investidor e consumidor?
Porém, antes de entendermos o que isso muda para você, vamos entender o que é o Copom e a taxa Selic.
O que é o Copom?
O Copom, também chamado de Comitê de Política Monetária, é um órgão que faz parte do Banco Central do Brasil, e que é composto por seu presidente e diretores.
A principal função do Copom é definir tudo o que diz respeito à política monetária do país, com o objetivo de cumprir a meta de inflação estipulada pelo CMN, também conhecido como Conselho Monetário Nacional, que é o órgão máximo dentro do Sistema Financeiro Nacional.
A cada 45 dias o Copom se reúne e durante dois dias, sendo uma terça e uma quarta-feira para realizar a discussão e votação sobre qual será a taxa de juros após a reunião, vencendo sempre a maioria dos votos. Dentro das possibilidades do Copom, ele pode optar por manter, diminuir ou elevar a taxa Selic, de acordo com a decisão dos diretores e presidente.
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Atualmente o Copom realiza 8 reuniões no ano, podendo realizar reuniões extraordinárias caso seja necessário.
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O que é a taxa Selic?
Atualmente a taxa Selic é a taxa básica de juros da nossa economia.
Isso significa que ela serve como regulador para todas as operações financeiras que ocorrem no país, como empréstimos, investimentos, e até mesmo o custo dos bens.
Uma das formas que a taxa Selic atua é através do aumento no custo do crédito, de forma que, quanto mais alta ela estiver, mais caro será tomar crédito, assim, terá menor investimento e por consequência, menor consumo, desta forma, diminuindo a inflação, na contramão, quanto menor estiver a Selic, mais barato será o custo do crédito, e assim possibilitando um maior investimento interno do país na geração de empregos, expansão de negócios, isso, com o termo aumentará o consumo, aquecendo a economia, e como consequência, gerando mais inflação no longo prazo.
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A Selic aumentou, o que isso muda?
Vamos entender melhor o que esse aumento de 1,00% na taxa Selic impacta para você, tanto agora como no longo prazo.
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Impacto da mudança da taxa de juros nos investimentos:
Quando falamos no impacto sobre os seus investimentos, tanto os seus investimentos atuais, quanto os que pretende fazer, o impacto pode ser o mais variado, dependendo do seu tipo, trazendo impactos tanto positivos quanto negativos, por conta disso, vamos conhecer um por um:
Ações:
Assim como na maioria dos investimentos em renda variável, as ações normalmente sofrem bastante em momentos de aumento na taxa de juros, onde, o principal motivo é que, conforme a taxa de juros sobe, os investimentos em renda fixa se tornam mais atrativos, e isso faz com que os investidores vendam suas ações e acabam trocando por renda fixa.
Fundos Imobiliários:
Da mesma forma que as ações, os Fundos Imobiliários também sofrem em momentos de alta de juros, apesar de que existem algumas classes que podem até se beneficiar do aumento dos juros.
Renda fixa pós-fixada:
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No caso da renda fixa pós-fixada o resultado acaba sendo muito positivo, afinal, com o aumento, o rendimento do título aumentará durante o tempo que a taxa ficar nesse patamar.
Renda fixa pré-fixada:
Já para a renda fixa pré-fixada o efeito desse aumento na taxa de juros vai variar bastante, dependendo muito de fatores como taxa, emissor e prazo, porém, de forma simples, em investimentos que você já possui, principalmente aqueles que foram feitos em um momento onde a taxa estava menor do que a atual, a marcação a mercado irá prejudicar o investimento, justamente pelo fato de que, com o aumento da taxa Selic, terão investimentos com uma remuneração melhor do que a anterior.
Renda fixa IPCA+:
O efeito do aumento da taxa em investimentos de renda fixa IPCA+ é bem semelhante ao que acontece nos investimentos em renda fixa pré-fixada, contudo, o efeito normalmente é mais suave, justamente pelo fato do fator que mais é prejudicado na marcação a mercado é a parte pré-fixada do investimento, em razão do custo de oportunidade.
Marcação a mercado:
A marcação à mercado, de maneira simples, é uma forma de precificar os investimentos em renda fixa de acordo com seu valor real com base no momento atual, considerando alguns fatores, como taxa de juros atual, vencimento, remuneração do investimento e tipo.
Em momentos onde a taxa de juros sobe, investimentos que são mais impactados pela marcação a mercado, como pré-fixados e IPCA+ acabam sofrendo, porém, em momentos de queda da taxa de juros, estes mesmos tendem a ser beneficiados.
A marcação a mercado nada mais é do que uma forma de precificar o investimento com base no seu custo de oportunidade atual.
Quer entender melhor como a Marcação a Mercado pode impactar os seus investimentos? Entre em contato com um dos nossos especialistas pelo WhatsApp e tire a sua dúvida.
Impacto da mudança da taxa de juros na economia:
No caso do impacto gerado por essa mudança na economia do nosso país, os efeitos são mais difíceis de se observar no curto prazo, pois leva tempo para que toda a economia absorva tal mudança, normalmente, algo em torno de 6 meses, porém, podemos ter ideia de quais efeitos esperar, então, vamos conhecer eles:
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Crédito:
O efeito principal da taxa Selic está no aumento do custo do crédito, afinal, toda a precificação de juros de empréstimos financiamentos e demais ofertas de créditos tem como base a taxa Selic, de forma que, com o aumento dela, os juros dos créditos também aumenta diretamente, para que os bancos se mantenham com margens boas.
Imóveis:
Com relação ao preço dos imóveis, o efeito pode variar de região para região, contudo, o normal é que o preço dos imóveis sofra um aumento, por conta justamente do aumento no custo do crédito, o que dificulta ou até inviabiliza alguns financiamentos, fazendo com que adquirir um imóvel se torne mais difícil, gerando certa escassez.
Inflação:
Atualmente, o objetivo do Banco Central do Brasil, através do Copom, é de entregar uma inflação dentro da meta proposta pelo CMN, e o aumento da taxa de juros é justamente para essa finalidade, pois, com o aumento dos juros, a economia tende a desacelerar, em razão da diminuição do consumo e investimento na economia interna do país por conta da maior dificuldade de acesso a crédito, algo que no médio prazo deve fazer com que a inflação caia.
Conclusão:
Além desse aumento na Selic, o próprio Copom já deixou claro que muito possivelmente ocorrerão outros aumentos até o final do ano, e por conta disso, analisar com clareza os seus investimentos atuais em conjunto com as novas oportunidades de investimento disponíveis agora é extremamente importante para que tome uma decisão assertiva e consiga aproveitar ao máximo esse momento de juros altos.
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