Ter uma reserva de emergência é um ponto super importante para uma vida financeira saudável. Apesar disso, a Associação Brasileira do Mercado Financeiro e de Capitais (Anbima) apontou que mais da metade dos brasileiros não guardam aquela grana extra para emergências. Além de trazer segurança, você sabia que pode investir a reserva de emergência?
São muitas as modalidades disponíveis para guardar esses valores com possibilidades lucrativas reais. Esses investimentos vão muito além da poupança, uma velha aliada dos brasileiros, que hoje já não é vista como uma boa alternativa. Para se ter uma ideia, as poupanças tiveram retorno real negativo em 2015, 2016 e 2019.
Mas, então quais as melhores formas de aplicar uma reserva de emergência?
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O que é uma reserva de emergência?
Também chamada de reserva de liquidez, esse valor é a velha gordurinha utilizada pelas gerações anteriores em momentos críticos. Com o desenvolvimento das operações bancárias e do mercado financeiro, alternativas como a poupança foram surgindo. Hoje são várias as opções para que você deixe o seu dinheiro seguro e rentável para quando precisar.
A reserva de emergência pode ter o montante que você considerar adequado para você e sua família. O recomendado é que ela cubra, pelo menos, seis meses do seu custo de vida. Para calcular é muito fácil. Basta conhecer o que você costuma gastar em média no mês e multiplicar o valor por 6.
Essa recomendação é importante principalmente porque a reserva pode te salvar numa situação de desemprego, por exemplo. Mas ela também pode ser importante em gastos emergenciais com saúde, ou manutenções e taxas com imóveis ou veículos etc.
Por que aplicar sua reserva de emergência?
Deixar a sua reserva de emergência na conta corrente ou em uma poupança com baixa lucratividade não é a melhor alternativa. Em um investimento, além do valor estar seguro, ele pode gerar ganhos reais para você.
Com um mercado em crise, não saber investir na reserva de emergência pode inclusive gerar perdas. Guardar dinheiro embaixo do colchão não é mais uma realidade. São muitos os fatores que podem fazer com que o montante seja desvalorizado.
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O que preciso considerar para aplicar reserva de emergência?
Por se tratar de um dinheiro para se utilizar em um momento crítico, você nunca sabe quando precisará da reserva de emergência. Isso pode ser um impeditivo na hora de fazer um investimento com esses valores.
Muitos investimentos oferecidos por bancos e corretoras não possuem liquidez imediata, ou seja, há um prazo para a retirada de seus investimentos sem taxas adicionais. Por isso, esse é o principal ponto a se estar atento na hora de investir os valores da sua reserva de emergência.
Um dos pontos essenciais para se considerar na hora de aplicar a sua reserva de emergência é a segurança do investimento. Investir o valor na bolsa de valores, por exemplo, não é o ideal, porque esse tipo de rendimento apresenta oscilações em curto prazo. A possibilidade de você retirar um valor menor do que aplicou é real.
Por isso, uma das boas oportunidades são os investimentos de renda fixa, que geralmente não apresentam prejuízos para quem aplica. Eles funcionam como um empréstimo à instituição financeira. Você disponibiliza o dinheiro e recebe juros em troca.
Mas mesmo entre os investimentos de renda fixa é importante estar atento aos riscos que cada um apresenta. É importante avaliar quais os mais seguros entre eles. No caso da reserva de emergência, isso é mais importante do que a própria rentabilidade do seu investimento.
3 formas de aplicar
O investimento da sua renda de emergência, como mencionado, deve ter segurança, liquidez rápida e rentabilidade. Nesse sentido, os investimentos de renda fixa são os mais recomendados. Conheça os principais:
Tesouro SELIC
É uma das modalidades de investimento em títulos do Tesouro Nacional e é um dos mais seguros do Brasil. Esse tipo de título é assegurado pelo Governo Federal e possui alta liquidez, porque o emissor garante a recompra.
Os demais títulos do Tesouro, como o Tesouro Prefixado e o IPCA, têm exposição ao mercado e por isso podem apresentar perdas. Já as aplicações no Tesouro Selic rendem de acordo com a variação da SELIC no período.
Os títulos aplicados no Tesouro SELIC possuem um prazo de vencimento, mas não há perdas se o investidor retirar antes do período, por não estar associado às variações do mercado.
Vale lembrar, no entanto, que o Tesouro SELIC gera cobrança de Imposto de Renda pela tabela regressiva. Mesmo com a taxa, ele costuma apresentar rentabilidade maior do que a poupança.
CDB
Trata-se de outro título de renda fixa. O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é emitido em instituições financeiras e oferece características diferentes entre si, como liquidez, rentabilidade e prazos.
Se a sua escolha na hora de investir a reserva de emergência for um CDB, é importante que se escolha um que ofereça liquidez diária, ou seja, que pode ser sacado com um dia de antecedência. Assim, você pode sacar antes do prazo, quando estiver precisando mais.
Os rendimentos do CDI estão ligados à variação do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), que corresponde a taxa que é paga ao cliente por transações entre as instituições financeiras.
Os CDBs disponíveis no mercado são protegidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) e, no caso de um calote do emissor, o fundo pode gerar ressarcimento.
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Fundos de renda fixa
Os Fundos de Renda Fixa que têm liquidez diária também são ótimas alternativas para se aplicar a reserva de emergência. Nessa modalidade, as opções mais seguros são os fundos DI ou Fundos de Renda Fixa com mais estabilidade.
Se optar pelos Fundos de Renda Fixa fique atento às taxas. Trata-se de uma modalidade de investimento coletiva, e portanto é gerida por profissionais do mercado. Geralmente, há uma cobrança de taxa de administração. Cabe avaliar se é a melhor opção para você.
Os fundos mais simples, que não são de investimento coletivo, costumam apresentar taxas mais baixas. Agora, é só começar a guardar e investir! Por uma vida financeira saudável!
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