Para diversificar a sua carteira de investimentos sem abrir mão de segurança, você precisa entender o que é FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Assim, mesmo obtendo uma baixa rentabilidade, você se mantém mais estável.
Em resumo, o FGC é um fundo que preserva o patrimônio do investidor caso a instituição financeira venha a falir. Para isso, o mecanismo torna Certificados de Depósitos Bancários, Letras de Crédito do Agronegócio e Letras de Crédito Imobiliário tão seguros quanto a poupança.
Porém, é importante saber que protege apenas alguns ativos de renda fixa e possui uma série de regras que limitam sua atuação.
Reunimos diversas informações para que você possa decidir se esse tipo de investimento faz sentido para você!
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O que é FGC (Fundo Garantir de Crédito)
O FGC é uma forma de garantir aos clientes das instituições financeiras associadas a recuperação do patrimônio investido, caso aconteça um decreto de regime de intervenção ou liquidação extrajudicial.
É uma instituição privada e sem fins lucrativos. Sua missão é proteger investidores do sistema financeiro nacional e prevenir o risco de uma crise bancária sistêmica.
Como funciona
Normalmente, a instituição atua quando o banco emissor não consegue honrar os pagamentos a investidores.
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Basicamente, o fundo é formado por recursos depositados periodicamente pelas instituições financeiras associadas. Como Caixa Econômica Federal, bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, companhias hipotecárias e associações de poupança e empréstimo.
Existe valor máximo garantido?
É importante ressaltar que não é todo o dinheiro aplicado na instituição financeira que está coberto pelo FGC. Existe um teto de cobertura limitado a R$ 250 mil por CPF/CNPJ em saldo depositado. Sendo que o limite de R$ 1 milhão é renovado a cada quatro anos.
Ou seja, caso um investidor tenha R$ 170 mil investidos em um CDB de um banco por meio de uma corretora e outros R$ 220 mil via outra corretora, porém, sendo do mesmo banco, caso haja uma quebra, ele só terá direito a receber o total de R$ 250 mil do FGC.
Investimentos garantidos pelo FGC – Fundo Garantidor de Crédito
A garantia do FGC se restringe a alguns saldos, ou seja, não engloba todos os investimentos. Confira a lista de garantia, de acordo com o Banco Central:
- Depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio;
- Depósitos de poupança;
- Depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado (CDB/RDB);
- Depósitos mantidos em contas não movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares;
- Letras de câmbio;
- Letras imobiliárias;
- Letras hipotecárias;
- Letras de crédito imobiliário;
- Letras de crédito do agronegócio.
Entenda melhor quais são os principais investimentos cobertos pelo FGC:
Poupança
Embora não seja recomendado por especialistas, é a aplicação mais comum e conhecida do Brasil. Além disso, é uma modalidade fácil de aplicar e movimentar. O rendimento é mensal, sendo atualizado sempre na data de abertura.
Na caderneta, não há taxas para aplicação, nem incidência de Imposto de Renda, onde os rendimentos são isentos. Ela tem um retorno pequeno e compete apenas com a inflação.
A remuneração da caderneta ocorre apenas uma vez por mês, no aniversário do depósito. Ou seja, caso você decida sacar o valor de uma hora para a outra, pode perder muitos dias de rendimentos. Não se trata de um investimento tão líquido quanto a maioria pensa.
De qualquer forma, quem investe na poupança pode contar com a segurança do Fundo Garantidor de Créditos até o montante de R$ 250 mil.
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Tesouro Direto
Nessa modalidade, o emissor é o Governo Federal. Também é uma modalidade bem segura. E existem títulos prefixados, como o Tesouro Prefixado, e títulos pós-fixados, como o Tesouro Selic ou o Tesouro IPCA+, por exemplo, e você consegue investir a partir de R$ 30.
Neste caso, o FGC é acionada caso haja uma falência total do emissor do investimento. Porém, como o Tesouro Direto é um título público emitido pelo Tesouro Nacional, a possibilidade de quebra total é muito remota.
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É importante ressaltar que o FGC protege apenas o crédito privado e não público como nesse caso.
CDB
A modalidade de títulos de bancos tem como aplicações mais comuns os pós-fixados. Na qual oferecem como remuneração um percentual de um índice de referência de renda fixa. Comumente, a taxa do CDI. A rentabilidade em alguns bancos pode ser tão baixa quanto a da poupança (de 70% do CDI, por exemplo). Porém, para atrair investidores, alguns outros podem oferecer até mais do que 100% do CDI.
Uma dica para melhorar a rentabilidade é nunca investir em um CDB do seu banco e optar por uma corretora de investimentos. O banco varejista é uma grande instituição e, por isso, paga juros pequenos. Pode ser até semelhante à poupança.
Por isso, os melhores títulos são de bancos pequenos para diminuir o risco. Porém, você não precisa se preocupar já que há garantia do FGC.
Letra de Câmbio
A Letra de Câmbio (LC) é um título de crédito emitido por instituições financeiras para captar dinheiro para suas atividades. Costumam possuir uma rentabilidade e também estão disponíveis na Rico, assim como as LCIs e LCAs.
Você também possui 100% de proteção ao aplicar em uma LC graças ao FGC.
Letra de Crédito Imobiliário e Letra de Crédito do Agronegócio
O funcionamento das letras de crédito é semelhante à dos CDBs. São emitidas por instituições financeiras, com a diferença de serem restritas àquelas com alguma atividade de crédito relacionada ao setor imobiliário ou do agronegócio. Contam com a cobertura do FGC e são isentos de imposto de renda.
Sem garantia FGC
É importante lembrar que o FGC não garante o crédito de qualquer investimento.
Confira alguns investimentos sem garantia do FGC:
- Letras Financeiras (semelhante ao CDB);
- Debêntures (títulos de crédito de empresas privadas);
- Fundos de investimento (de todos os tipos);
- Certificados de Recebíveis Imobiliários (emitidos por companhias securitizadoras);
- Certificados de Recebíveis do Agronegócio (emitidos por companhias securitizadoras);
- Tesouro Direto (títulos do Tesouro Nacional);
- Aplicações na bolsa de valores (ações, opções e quaisquer derivativos).
Os investimentos não cobertos pelo fundo não são necessariamente arriscados. Porém, é importante analisar com cautela, de preferência com algum conhecimento mais aprofundado sobre o ativo e a instituição financeira que o oferece.
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