Quando pensamos em investimentos, um dos principais pontos é a diversificação, e não apenas em ativos diferentes, mas também em moedas diferentes, pois, apesar de você estar investindo, por exemplo, em renda fixa e renda variável, diversificando entre tipos de investimentos diferentes, como CDBs, ações, FIIs e entre outros, você ainda estará exposto apenas ao Brasil e ao real, ou seja, caso a situação econômica do país tenha uma piora, a sua carteira ficará exposta, e por conta disso, investir em países além Brasil é muito importante.
Onde investir?
Quando pensamos em qual país investir além do Brasil, temos que olhar alguns pontos importantes, como tamanho do mercado, quantidade de possibilidades de investimentos, além também de todo o processo de se começar a investir.
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E quando pensamos nisso, atualmente, o melhor lugar para se investir é nos Estados Unidos, por conta de alguns fatores, tanto de relevância quando falamos de mercado financeiro global, quanto praticidade para se investir, além também de aspectos econômicos, afinal, atualmente, os Estados Unidos é a maior economia do mundo.
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Por que investir nos Estados Unidos?
Já sabemos onde investir pensando em uma diversificação global, agora, vamos entender o motivo do por que investir nos Estados Unidos.
Participação no mercado global:
Atualmente, considerando apenas o mercado de ações, os Estados Unidos representam cerca de 60% do mercado, ou seja, tendo acesso ao mercado americano, você terá acesso a maior fatia do mercado de ações, além de outros investimentos em renda variável.
Quando falamos de renda fixa, a diferença acaba sendo tão grande quanto, talvez até maior, por exemplo, nos Estados Unidos, o volume em investimentos em renda fixa já ultrapassou os U$55 trilhões de dólares, enquanto no Brasil, o estoque de renda fixa em 2024 fechou em U$693 bilhões de dólares, ou seja, o mercado de investimentos em renda fixa do Brasil corresponde a 1,26% do mercado de renda fixa dos Estados Unidos.
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Liquidez:
Por conta do mercado americano ser o maior do mundo, a sua liquidez, ou seja, a facilidade de se transformar o seu investimento em dinheiro é muito maior, desta forma, problemas como a impossibilidade de se desfazer de um investimento em um momento de necessidade é muito menor do que em mercados menos líquidos, como o Brasil.
Possibilidade de se investir nas maiores empresas do mundo:
Através do mercado americano é possível você se tornar sócio das maiores empresas do mundo, como Apple, Google, Microsoft, Nvidia e etc.
Moeda forte:
Talvez o maior motivo para se ter investimentos lá fora, principalmente nos Estados Unidos seja a possibilidade de dolarizar a sua carteira, ou seja, investir parte do seu dinheiro em uma moeda forte, que serve como mecanismo de troca para a maioria das transações do mundo, onde, inclusive, boa partes das commodities, como petróleo, ouro, minério de ferro, soja e etc, não cotadas em dólar, de forma que, a valorização ou desvalorização dele afeta diretamente todo o resto.
Por onde começar?
O primeiro passo para começar os seus investimentos lá fora é abrir a sua conta em um corretora que permita que você invista diretamente lá fora, e para isso, é importante avaliar com cautela as opções disponíveis, principalmente nos seguintes pontos:
Praticidade na utilização:
A praticidade, tanto no processo de abertura, quanto na utilização da plataforma é essencial, por conta disso, buscar por plataformas de investimento que te permitam investir de maneira simples e sem muita burocracia é essencial.
Custos:
Analisar a questão dos custos, tanto de abertura, quanto de utilização e manutenção, quanto custos de envio de ordem também é muito importante, pois custos muito elevados podem causar um grande impacto negativo na performance da sua carteira de investimentos.
Outro custo relevante é referente ao envio do dinheiro lá para fora, afinal, normalmente, para você transformar os seus reais em dólares há um custo de remessa, e por conta disso, buscar por plataformas com um custo mais em conta é essencial, para que consiga aproveitar melhor a quantia de reais que está mandando para fora.
Atendimento e suporte:
Buscar por plataformas que ofereçam um bom suporte, principalmente, em português, para que consiga utilizar de maneira prática e fácil e assim resolver possíveis dúvidas que possam vir a surgir é muito importante.
Além disso, é também muito importante buscar por plataformas que também ofereçam serviços de auxílio e assessoria em investimentos, para que tenha a ajuda de um profissional com experiência e conhecimento na área e nos produtos para realizar a montagem da sua carteira de investimentos internacional, de forma que complemente a sua carteira aqui no Brasil.
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Vamos conhecer alguns dos investimentos lá fora:
Stocks:
As Stocks são, de maneira simples, o equivalente às ações aqui na B3, ou seja, ao comprar uma Stock de uma empresa, você está se tornando sócio dela, e passa ter direito a, por exemplo, os dividendos que ela distribui aos sócios.
Assim como aqui no Brasil temos as ações preferenciais e ordinárias, nos Estados Unidos temos também de maneira semelhante, porém, diferente daqui que ocorre a mudança no número após o Ticker da empresa, lá fora não há uma regra específica para diferenciar uma Stock preferencial e ordinária, assim como os tipos diferentes de ações preferenciais.
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Por exemplo, a ação preferencial classe A do Google possui como Ticker “GOOGL”, enquanto a classe C possui como Ticker “GOOG”, porém, existem empresas que adicionam a letra que representa a classe após o ticker padrão, que é o caso da Berkshire Hathaway, que tem como Ticker “BRKa” para as Stocks de classe A, e “BRKb” para as stocks de classe B.
REITs:
Os REITs seriam o equivalente a parentes dos nossos Fundos Imobiliários (FIIs), onde, um REIT é basicamente uma empresa que tem como foco a administração imobiliária, podendo atuar de maneira mais abrangente do que os FIIs aqui, inclusive, podendo utilizar de alavancagem para ter um crescimento do patrimônio mais acelerado, algo que os nossos FIIs não podem.
Assim como no caso dos FIIs, os REITs possuem diversas classes diferentes, podendo investir em títulos de renda fixa ligados ao mercado imobiliário, empresas que atuam no setor imobiliário, e obviamente, em imóveis físicos, tanto com a finalidade de ganho de capital através da venda dos ativos com lucro, quanto a geração de renda através do aluguel dos imóveis.
Outra diferença muito importante entre os REITs e os FIIs, é que no caso dos FIIs, o fundo é obrigado por lei a distribuir no mínimo 95% do seu lucro aos cotistas, enquanto nos REITs não, ou seja, os REITs, caso queiram, podem utilizar o caixa gerado pela própria empresa para crescer e adquirir novos ativos para a carteira.
ETFs:
Um ETF nada mais é do que um fundo negociado em bolsa que acompanha um índice, assim como no Brasil, pois o desenvolvimento do ETF aqui no Brasil utilizou com base a forma de operação dos ETFs lá fora.
Com a nova regulamentação dos ETFs aqui no Brasil, onde agora é possível que um ETF distribua os dividendos gerados pelos ativos da carteira, os ETFs aqui ficaram mais parecidos com o que se tem lá fora, contudo, a variedade de ETFs, além da sua liquidez muito maior lá fora ainda é um diferencial muito grande.
O ETF vem a ser uma ótima alternativa para quem busca uma forma de investimento mais passiva e bem diversificada.
Mutual Funds:
Os Mutual Funds são, com algumas pequenas diferenças, muito semelhantes aos fundos de investimento que temos aqui no Brasil, porém, por regra, um Mutual Fund deve ser aberto e acessível a todos os investidores, podendo ter investimentos em renda fixa, renda variável, a depender do seu tipo.
Diferente dos ETFs, que devem obrigatoriamente serem negociados em bolsa e seguirem estritamente a carteira do índice que representam, os Mutual Funds não possuem essa limitação, ficando a cargo do gestor e administrador do fundo o estabelecimento da política de investimentos e carteira do fundo, assim, se tornando uma forma mais dinâmica de se investir, e ainda mantendo a facilidade e praticidade do investimento de maneira passiva, apoiado na expertise de gestoras renomadas.
Vantagens dos Mutual Funds:
- Diversificação: Através dos Mutual Funds você consegue investir em uma carteira diversificada, sem a necessidade de ter uma grande quantidade de dinheiro;
- Gestão profissional: Possibilidade de delegar a gestão do seu dinheiro a um especialista com anos de experiência na área, além de toda a estrutura fornecida pela gestora;
- Sem come-cotas: Diferente do Brasil, onde todos os fundos abertos possuem come-cotas, que é basicamente uma forma de adiantamento do IR, no caso dos Mutual Funds não há nenhum tipo de cobrança do gênero, e você só pagará IR no momento da venda das cotas do fundo.
Bonds:
Os Bonds são semelhantes ao que temos hoje de crédito privado aqui no Brasil, ou seja, são investimentos em renda fixa, onde o emissor são empresas privadas.
A principal diferença entre as Bonds e o crédito privado no geral aqui no Brasil seria a sua sofisticação e variedade, muito por conta da maturidade do mercado americano em relação ao Brasileiro, de forma que, mesmo empresas de fora dos Estados Unidos buscam emitir Bonds lá.
Treasuries:
Assim como aqui no Brasil temos o nosso Tesouro Direto, onde você pode comprar títulos de renda fixa emitidos pelo nosso Tesouro Nacional, nos Estados Unidos existe também uma forma de se investir diretamente em títulos do Tesouro Americano, inclusive, o nosso Tesouro Direto foi inspirado no programa “TreasuryDirect” que tem como finalidade também dar acesso às pessoas físicas a possibilidade de investimentos títulos emitidos pelo Tesouro Americano de maneira mais simples, e que atualmente são considerados os investimentos com menor risco de crédito no mundo.
Quer entender melhor como funcionam os investimentos lá fora? Chama a gente no WhatsApp para tirar as sua dúvidas!
Como começar a investir?
Após ter a conta aberta em uma corretora lá fora, o próximo passo antes de começar a investir lá fora é enviar o dinheiro para fora por meio de remessa.
Por conta da cotação ser algo muito difícil de se prever, o ideal é que busque enviar de maneira recorrente aportes para a sua carteira no exterior, da mesma forma que faz com a sua carteira aqui no Brasil, sem tentar encontrar um melhor momento para investir lá fora.
Com relação a proporção, normalmente o ideal é que você tenha de 25% a 50% do seu patrimônio investido em outro país, como forma de diversificação, ou seja, por exemplo, para cada R$100.000,00 de patrimônio, ter algo em torno de R$25.000,00 a R$50.000,00 fora do Brasil é normalmente uma proporção adequada.
Obviamente, a depender dos seus objetivos, essa proporção pode aumentar ou diminuir, por exemplo, para quem pensa em se mudar para fora, o percentual do seu investimento no exterior será maior do que o normal, afinal todo o seu custo será em dólares, por exemplo, e neste caso, deixar o dinheiro aqui no Brasil pode gerar certo transtorno pensando na variação cambial.
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Montando a carteira:
Ao montar a sua carteira lá fora, assim como aqui no Brasil, a diversificação é a chave, por isso, utilizar da variedade de possibilidades de investimento lá fora como forma de se expor a mais oportunidades, tanto em renda fixa quanto renda variável é essencial.
Além disso, o ideal é buscar investir de maneira complementar a sua carteira no Brasil, se expondo a setores e empresas que aqui no Brasil não é possível, principalmente pensando em tecnologia e inovação, um ponto muito forte e relevante lá fora.
Para isso, contar com a ajuda de um profissional especialista em investimentos, que entenda como funciona os investimentos lá fora e que te auxilie a montar uma carteira que esteja de acordo com o seu perfil e objetivos é um ponto muito importante, afinal, o seu esforço em acompanhar a carteira agora será dobrado, e ter alguém que possa auxiliar você nesse processo é algo que irá facilitar muito o processo.
Conclusão:
Antes de começar a os seus investimentos no exterior, é muito importante que entenda como funciona todo o processo de investir lá fora, além de ter uma estratégia clara de como investir, para que consiga concretizar os seus objetivos o quanto antes for possível, e para que não tenha nenhuma surpresa negativa com algo que deveria melhorar a sua vida.
E para quem está começando, o ideal é antes de tomar qualquer decisão, consulte um especialista na área, para que consiga entender ponto a ponto sobre cada passo para se investir lá fora.
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