O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), encerrou o pregão desta sexta-feira (28) com queda de 0,94%, fechando a 131.902 pontos. O recuo reflete o aumento da aversão ao risco nos mercados internacionais, impulsionado principalmente por preocupações com tarifas comerciais anunciadas pelos Estados Unidos, além de dados econômicos domésticos que não animaram os investidores. Ao mesmo tempo, o dólar subiu 0,13%, encerrando o dia cotado a R$ 5,75, marcando o maior patamar dos últimos três meses.
Fatores externos pressionam o mercado brasileiro
Os mercados globais foram impactados pela possibilidade de novas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos, o que poderia afetar a economia mundial e, consequentemente, empresas exportadoras brasileiras. O presidente norte-americano, Donald Trump, indicou que pode impor tarifas sobre produtos importados da China e de outros países emergentes, o que gerou um efeito cascata de pessimismo entre investidores globais.
Além disso, os rendimentos dos títulos do Tesouro americano (Treasuries) subiram, tornando os investimentos nos EUA mais atrativos e levando investidores a retirarem capital de mercados emergentes, como o Brasil. Esse movimento de fuga para ativos mais seguros contribuiu para o fortalecimento do dólar e a desvalorização do real.
Setores mais afetados e impactos na Bolsa
Os setores mais impactados no Ibovespa foram os ligados a commodities, especialmente as exportadoras de minério de ferro e petróleo. A Vale (VALE3) recuou 2,1%, acompanhando a queda do minério de ferro na China, enquanto a Petrobras (PETR3; PETR4) registrou perdas de 1,4%, refletindo a desvalorização do petróleo no mercado internacional.
O setor bancário também sofreu com a expectativa de uma possível redução no ritmo de cortes da taxa Selic, o que pode limitar a expansão do crédito no país. Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) caíram 1,2% e 1,5%, respectivamente.
Por outro lado, empresas do setor de tecnologia e consumo apresentaram desempenhos mais resilientes, com Magazine Luiza (MGLU3) e Locaweb (LWSA3) fechando o dia com leve alta.
Dólar em alta: O que explica a valorização da moeda americana?
O dólar subiu pelo terceiro dia consecutivo e atingiu R$ 5,75, refletindo tanto a cautela dos investidores quanto a valorização global da moeda americana diante do fortalecimento da economia dos EUA. A combinação de juros elevados nos Estados Unidos e incertezas no cenário externo aumenta a atratividade do dólar como ativo de proteção, levando a uma desvalorização das moedas emergentes.
Além disso, os dados recentes do Brasil mostraram que a inflação pode continuar acima da meta do Banco Central, o que pode pressionar a autoridade monetária a manter uma postura mais conservadora na condução da política monetária, reduzindo as expectativas de novos cortes expressivos na Selic.
Perspectivas: O que esperar para os próximos dias?
Os investidores agora aguardam a divulgação de novos dados econômicos nos Estados Unidos e na China, além de qualquer nova sinalização sobre a política comercial norte-americana. No Brasil, o mercado também está atento à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que pode definir os próximos passos para a taxa Selic.
Para os investidores, o momento exige cautela e diversificação. A volatilidade no mercado deve continuar nos próximos dias, com reflexos diretos sobre o câmbio e os ativos de risco. Especialistas recomendam atenção redobrada a setores mais sensíveis às variações do dólar e aos efeitos de possíveis mudanças na política monetária global.
Conclusão: Como se proteger em tempos de incerteza?
Com a alta do dólar e a queda do Ibovespa, a recomendação dos especialistas é que os investidores mantenham uma carteira diversificada, incluindo ativos dolarizados e setores menos voláteis. Além disso, acompanhar de perto as movimentações do mercado externo pode ajudar a tomar decisões mais assertivas diante das incertezas econômicas.
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