Nesta terça-feira, 22 de abril de 2025, o euro comercial apresentou uma cotação de R$6,53, marcando uma queda de 0,97% em relação ao fechamento anterior. O movimento reflete a recente valorização do real frente às principais moedas estrangeiras, em meio a sinais de estabilização da economia brasileira. Já o euro turismo, que incorpora margens de lucro e custos operacionais, está sendo negociado a valores próximos de R$6,80 em casas de câmbio, dependendo da região e da instituição financeira.
Oscilações do euro nos últimos meses
Nos últimos 30 dias, o euro registrou variações consideráveis, oscilando entre um mínimo de R$6,13 e um máximo de R$6,68. Essa volatilidade é explicada por uma combinação de fatores internos e externos. No Brasil, a melhora na percepção de risco e as expectativas de um ciclo de cortes na taxa Selic têm fortalecido o real, enquanto na Europa, a política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e as incertezas econômicas geradas pela guerra na Ucrânia mantêm o euro sob pressão.
A perspectiva de crescimento mais lento na Zona do Euro, somada à política de juros altos do BCE, tem reduzido o apetite de investidores pela moeda europeia. Recentes dados de inflação mostraram desaceleração, mas ainda acima da meta de 2%, o que reforça o compromisso do BCE em manter políticas restritivas no curto prazo.
Fatores que influenciam a cotação do euro
Diversos elementos afetam o desempenho do euro frente ao real, incluindo:
- Política monetária global: As decisões do BCE e do Federal Reserve nos EUA impactam diretamente a força do euro no mercado cambial.
- Indicadores econômicos: PIB, inflação, balança comercial e dados do mercado de trabalho na Zona do Euro são fatores determinantes.
- Crises políticas e geopolíticas: Tensão entre Rússia e Ucrânia, além de instabilidades políticas em países membros da União Europeia, geram pressão negativa na moeda.
- Demanda por euros no Brasil: O aumento da procura por moeda estrangeira para viagens internacionais, impulsionado pela reabertura pós-pandemia, eleva a cotação do euro turismo.
O que esperar nos próximos meses?
Especialistas preveem que o euro pode continuar oscilando conforme o cenário global evolua. A inflação persistente na Europa, combinada com a incerteza sobre a recuperação econômica, deve manter o BCE em alerta, influenciando a política monetária e, consequentemente, o desempenho da moeda.
No Brasil, o fortalecimento do real depende da manutenção do controle fiscal e de reformas estruturais. A possibilidade de novos cortes na taxa Selic também deve impactar a moeda brasileira frente ao euro, criando um cenário de incerteza para quem planeja viajar ou realizar transações em euros.
Dicas práticas para compra de euro
Se você precisa adquirir euros, seja para viagens ou investimentos, algumas estratégias podem ajudar:
- Planejamento antecipado: Compre a moeda em pequenas quantidades ao longo do tempo para reduzir os impactos de oscilações.
- Atenção às taxas: Compare as ofertas entre bancos, corretoras e casas de câmbio para encontrar as melhores condições.
- Uso de cartões pré-pagos internacionais: Essa opção pode oferecer segurança e um controle maior sobre as despesas, embora as taxas sejam mais altas.
- Considere o IOF: Avalie o impacto do imposto sobre suas transações; ele varia conforme o método escolhido (1,1% para dinheiro em espécie e 3,38% para cartões).
Euro e investimentos
A cotação do euro também impacta investidores, especialmente aqueles com exposição a ativos estrangeiros. Fundos cambiais e ETFs atrelados ao euro podem oferecer oportunidades interessantes em cenários de alta volatilidade. Por outro lado, as oscilações cambiais podem afetar empresas brasileiras que possuem negócios ou dívidas denominadas na moeda europeia.