Já pensou em investir de maneira passiva, pagando pouco e ainda tem um ótimo resultado?
Pois bem, através dos ETFs é possível investir diretamente em uma carteira de ativos diversificada, pagando uma pequena taxa de administração ao gestor.
O que são ETFs?
ETFs nada mais são do que fundos que tem como foco investir em um índice e que tem as suas cotas negociadas em bolsa, a finalidade dele é replicar a carteira do seu índice correspondente, e por consequência, o seu resultado.
A finalidade desta forma de investimento é proporcionar ao investidor uma forma de investimento passiva, principalmente em renda variável, entregando uma rentabilidade alinhada com a média de mercado, e trazendo uma boa diversificação, sem a necessidade de que você invista um valor alto.
Como surgiram os ETFs no Brasil?
O primeiro ETF a ser negociado na bolsa de valores do Brasil foi o PIBB11, que começou a ser negociado em 2004, sendo administrado e gerido pela Itaú Asset.
Essa modalidade de investimento no Brasil surgiu como uma possibilidade para aqueles investidores que recém estavam começando a investir e que não tinham muita noção do que fazer com o próprio dinheiro, permitindo ao investidor um acesso mais democrático ao mercado de ações naquela época, que era bem restrito naquele momento.
Com o tempo, o mercado desse tipo de investimento foi se expandindo e se tornando cada vez mais popular, muito por conta da praticidade e baixo custo do investimento, algo que foi observado também em outros países, com os Estados Unidos, onde a maior parte do investimento em bolsa é através de destes fundos.
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Com o tempo, o mercado de fundos negociados em bolsa aqui no Brasil começou a se tornar mais sofisticado, permitindo o investimento não apenas em renda variável como também em renda fixa através de ETFs, com o lançamento do IMAB11, o primeiro ETF de renda fixa aqui no Brasil, que tinha como foco proporcionar ao investidor a possibilidade de ser investir em uma carteira de investimentos em renda fixa IPCA+ diversificada e com pouco dinheiro, que também era gerido pela Itaú Asset.
Com a modernização dos índices da B3, e criação de índices com propósitos mais específicos, podemos ver um aumento no número de opções disponíveis, com foco em diversos índices mais específicos, inclusive, com a possibilidade de se investir em índices de ações fora do Brasil, como o S&P 500, que é um índice de ações que replica tem como foco replicar uma carteira teórica com as 500 maiores empresas dos estados unidos.
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Momento atual do mercado de ETFs no Brasil:
Apesar de ainda representar uma pequena fatia do investimento geral, onde de todo o volume investido em bolsa, cerca de 20% está alocado em neste tipo de investimento, o que corresponde a 0,5% do total de investimento em fundos, o investimento por meio desta ferramenta tem ganhado muito destaque e, junto consigo, um grande nível de inovação, principalmente com o objetivo de tornar os essa modalidade de investimento no Brasil tão competitivos a nível de sofisticação e possibilidades quanto em mercados mais desenvolvidos, como nos estados unidos, um exemplo disso é que o Brasil foi pioneiro na implementação do primeiro ETF de criptomoedas do mundo.
O HASH11, ETF de criptomoedas gerido e administrado pela gestora HASHDEX foi o primeiro ETF de criptomoedas a ser disponibilizado no mundo, onde, qualquer investidor que desejasse, poderia expor uma parte da sua carteira em criptomoedas, de maneira facilitada e com a expertise de uma gestora renomada no mercado de criptoativos.
Além disso, como falamos anteriormente, com o aumento da variedade de índices que temos disponíveis, agora, é possível ter acesso aos mais diversos tipos de investimentos dessa classe, vamos conhecer alguns deles:
ETFs de Commodities:
Como o próprio nome já diz, o objetivo deste ETF de commodity é investir com o objetivo de replicar a variação de índices de commodities, das mais variadas, como boi gordo e milho.
ETFs setoriais:
Essa modalidade de fundos negociados em bolsa tem como foco replicar a carteira e, por consequência, a variação de índices de renda variável que tem como objetivo representar a performance de um setor específico da bolsa, como de energia elétrica, financeiro e etc.
ETFs fatoriais:
Os ETFs fatoriais são aqueles que utilizam como base índices que possuem como índice de referência para a sua carteira aquele que tem como objetivo o investimento baseado em momentum, onde a sua alocação irá ser mais dinâmica, a depender do momento de mercado e não em uma estrutura de carteira mais engessada.
Fonte: B3
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Novidades no mercado de ETFs:
Nos últimos anos podemos ver várias novidades no mercado do ETFs, principalmente no que se refere a novas possibilidades de investimento, um bom exemplo são as BDRs de ETFs que são uma modalidade de investimento internacional, onde você adquire certificados que representam ativos negociados em bolsa fora do Brasil, contudo, apenas após algumas mudanças foi possível o investimento em BDRs de ETFs para os investidores em geral, dando um acesso ainda maior ao investidores que buscam investir de maneira passiva, e com o apoio de gestoras renomadas globalmente.
Isto fez com que os investidores pudessem ter acesso hoje a cerca de 152 ativos do tipo disponível.
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Além desta novidade, em linha com o que temos de disponível lá fora em ETFs, aqui no Brasil recentemente, com uma atualização na regulação dos ETFs, agora é possível que um ETF distribua dividendos, desde que faça parte da sua política, desta forma, agora, mesmo aqueles investidores que buscam uma renda passiva, podem utilizar os ETFs como forma de estruturar a sua carteira.
ETFs mais negociados na B3:
Agora, vamos conhecer quais são os ETFs mais negociados dentro da B3.
Para isso, vamos usar os dados de negociação do ano de 2024 fornecidos pela própria B3;
- BOVA11, com R$663.387 milhões de reais negociados.
- SMAL11, com R$315.380 milhões de reais negociados.
- BOVV11, com R$218.745 milhões de reais negociados.
- IVVB11, com R$41.804 milhões de reais negociados.
- HASH11, com R$32.826 milhões de reais negociados.
- NASD11, com R$14.755 milhões de reais negociados.
- FIND11, com R$10.625 milhões de reais negociados.
- GOLD11, com R$8.907 milhões de reais negociados.
- LFTS11, com R$8.842 milhões de reais negociados.
- IMAB11, com R$8.311 milhões de reais negociados.
Como montar a sua carteira de ETFs?
Primeiramente, antes de montar a sua carteira, é preciso que entenda que os ETFs são mais direcionados para aqueles investidores de Buy and Hold, ou seja, investidores que tendem a não girar tanto os ativos da sua carteira, o motivo disso é que, por conta do ETF por si só já ser composto por uma carteira de diversos ativos, fazer trocas entre eles normalmente acaba sendo redundante, e apenas gerando mais custos, tirando situações pontuais onde você busca investir de forma a surfar alguma tendência utilizando um ativo específico.
Para a estrutura geral da carteira, o ideal é que ela esteja de acordo com o seu perfil de investidor, diversificando em renda fixa e renda variável, além de diferentes índices, obviamente.
Imposto de Renda em ETFs:
Quando falamos no IR para ETFs por se tratar de um investimento em renda variável, o imposto é recolhido diretamente pelo investidor em toda venda com lucro, com alíquota de 15% para operações normais e 20% para operações classificadas como Day Trade.
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Conclusão:
Apesar do ETF ser uma ótima forma de se investir de maneira passiva e sem que demande um acompanhamento tão de perto, ainda assim é preciso que você esteja atento a questões como objetivo do investimento, qual o índice que ele segue, além das suas taxas também.
Outro ponto importante é que, por se tratar de um investimento mais passivo, a tendência é que seu retorno fique muito próximo da média, e por conta disso, é preciso ter expectativas claras quanto a isso.
