Consórcio: O que é, como funciona e como você pode se beneficiar!

Está pensando em entrar em um consórcio e está em dúvida sobre o que é e como funciona?

Nesse artigo você entenderá tudo o que precisa saber sobre o que é um consórcio, como ele funciona e de que maneira ele pode te ajudar a realizar os seus sonhos.

Primeiramente, vamos entender o que é um consórcio.

O que é o consórcio?

O consórcio, falando de maneira mais simples, é uma forma de crédito onde várias pessoas se juntam com o objetivo de adquirir um bem ou serviço, onde, mensalmente é pago um valor para que o grupo consiga contemplar ao menos um consorciado e este consiga adquirir o bem escolhido, respeitando o valor do crédito escolhido no momento da entrada no grupo.

Normalmente o consórcio é referenciado como um “Autofinanciamento” pois, ao final do prazo você terá pago no mínimo o valor do bem que adquiriu, contudo, como o grupo possui vários participantes, esse valor é parcelado de acordo com o prazo do grupo para que o consorciado tenha a possibilidade de entrar no grupo com mais tranquilidade, sem ter que arcar com parcelas altas, apesar de que, caso queira, é possível sim encontrar grupos mais curtos.

Para que todo esse processo de guarda do dinheiro e administração do grupo seja mais simples para o consorciado, as administradoras, que são as responsáveis por criar e distribuir as cotas dos grupos, cobram uma taxa de administração fixa dos participantes.

Apesar do consórcio ser uma ótima alternativa ao financiamento, principalmente quando falamos em prazos mais longos, como 10, 15 ou 20 anos, é preciso ter uma clara noção que o consórcio é uma opção de crédito de mais longo prazo do que as demais, pois, para que tenha acesso ao crédito é preciso que primeiramente seja contemplado no grupo que entrou, e isto pode ser que demore, normalmente alguns anos, por isso, para situações onde a necessidade do crédito é mais imediata, o consórcio acaba não sendo um instrumento adequado.

LEIA TAMBÉM: Desmistificando os consórcios: os 5 mitos e 5 verdades sobre o consórcio

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Como funciona o consórcio?

O primeiro passo para entender como funciona o consórcio é entender como funciona a sua formação.

Formação do consórcio e seus grupos:

Primeiramente, a administradora define as regras do grupo, como tipo de consórcio, prazo, taxa de administração, fundo de reserva, prazo, quantidade máxima de consorciados e etc.

Em seguida, a administradora começa o processo de captação de participantes para que o grupo possa atingir um valor mínimo de arrecadação, de forma que seja possível, no mínimo, contemplar mensalmente a cota de maior valor do grupo mensalmente, dessa forma, independente de quem seja contemplado, não terá o risco de o grupo não ter dinheiro o suficiente para oferecer de crédito.

A partir deste ponto a administradora começa a realizar as assembleias mensalmente para contemplar aqueles que já fazem parte do grupo, enquanto busca completar o número de pessoas no grupo, para que consiga contemplar o máximo de participantes possível.

Assembleia:

A assembleia é uma reunião mensal feita pela administradora com o objetivo de realizar as contemplações referentes àquele mês, de acordo com o que foi arrecadado através de lances e também mensalmente com o pagamento das parcelas pelos consorciados que fazem parte do grupo.

Administradora:

A administradora é quem fica responsável por criar e distribuir as cotas dos grupos, além de também ficar responsável por toda a gestão do grupo, como emissão dos boletos referentes às parcelas, gestão da inadimplência dos consorciados, análise de crédito e realização das assembleias para contemplação dos participantes do grupo, e todas as demais atividades que envolvam o grupo de consórcio.

Para prestar esse serviço a administradora cobra uma taxa de administração do grupo.

Vale ressaltar que todas as administradoras precisam de autorização do Banco Central, junto da ABAC para operarem no Brasil, além de serem constantemente monitoradas por ambos.

O grupo:

O grupo nada mais é do que o conjunto das pessoas que se reúnem por meio do consórcio para adquirir algum bem ou serviço, sem ter que entrar em um financiamento ou pagar um empréstimo.

A quantidade de pessoas em um grupo pode variar de administradora para administradora, tendo tanto grupo menores, de 200 pessoas, como grupos maiores, chegando perto de 5.000 participantes.

Normalmente quanto maior a quantidade de pessoas no grupo, maior tende a ser a arrecadação, e por consequência, mais contemplações tendem a ocorrer, porém, isso faz com que a sua chance de ser contemplado seja menor percentualmente.

Além da quantidade de pessoas no grupo, outro fator que diferencia um do outro é o seu prazo, que pode variar bastante, mesmo dentro de uma mesma administradora, tendo grupos de 90 meses ou até 240 meses, alguns casos até passando disso, apesar de que raramente.

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O prazo do grupo do consórcio é talvez o fator principalmente na definição do valor da parcela, onde, quanto mais curto, maior será a parcela, e quanto mais longo, menor será a parcela, proporcionalmente.

Isto significa que, considerando as mesmas taxas em ambos os grupos, onde um possui prazo de 100 meses e o outro de 200 meses, a parcela do segundo será exatamente o dobro da parcela do primeiro, pois como as taxas são fixas, o valor da parcela não aumenta ou diminui exponencialmente, como ocorre em um financiamento ou empréstimo.

Como funciona a contemplação?

A contemplação é o momento onde quem está participando de determinado grupo de consórcio recebe o dinheiro de utilizar o valor que foi contratado de crédito inicialmente, atualizado pelo índice de inflação do período.

Se forma simples, existem duas formas de ser contemplado em um consórcio, e são elas:

LEIA TAMBÉM: Consórcio: uma alternativa de crédito para planejamento a longo prazo

Lance:

O lance é quando você oferta um valor financeiro como forma de antecipar um certa quantidade de parcelas no grupo, podendo antecipar também a sua contemplação, uma vez que, em toda assembleia são contempladas cotas que tiveram lances ofertados.

Sorteio:

O sorteio é a forma padrão de contemplação, onde, mensalmente, nas assembleias a administradora realiza ao menos um sorteio com base normalmente no resultado da loteria federal.

Por depender unicamente da sua sorte, essa modalidade tende a demorar mais para contemplar, podendo você ser contemplado tanto no primeiro mês quanto no último.

Uma vez contemplado, você passa a ter o direito de usar a carta de crédito adquirida, desde que não esteja inadimplente com o grupo.

Com tudo estando certo, você pode optar ou por usar a carta naquele momento, ou por deixar ela rendendo enquanto não encontrou o bem da sua escolha até o prazo de encerramento do grupo, onde, caso não tenha usado o valor da carta, ele será convertido em dinheiro líquido e transferido para você, atualizado pelo respectivo índice de inflação.

Vale lembrar que, é preciso prestar atenção nas regras da sua administradora e grupo referente ao uso do crédito, para que não tenha nenhuma surpresa desagrável ao adquirir o seu bem ou serviço desejado.

Além disso, é importante lembrar que, você só poderá usar a carta para adquirir o tipo de bem contratado, por exemplo, com consórcios de imóveis, você só poderá utilizar a carta no que tange imóveis, como construção, compra ou até quitação de um financiamento, o mesmo se aplica para as cartas de automóveis, serviços e etc.

Atualização do crédito:

Falamos brevemente sobre a atualização do valor da carta por índice de inflação, agora, vamos entender melhor como funciona e como isso pode impactar no consórcio.

Basicamente, o motivo de ocorrer esta correção do crédito por determinado índice de inflação é para que, independente do momento no qual você seja contemplado dentro do consórcio, seja no começo ou no final, você terá mantido o seu poder de compra em relação a quem foi contemplado e adquiriu o seu bem logo no início.

Vamos a um exemplo:

Vamos imaginar que você gostaria de adquirir um imóvel de R$100.000,00, e entrou em um consórcio para poder adquirir este bem, porém, até você ser contemplado levou cerca de 3 anos, além disso, vamos pensar que a inflação dos imóveis foi cerca de 6,00% ao ano, ou seja, aquele imóvel que gostaria de adquirir não custa mais R$100.000,00, mas sim R$119.101,60, de forma que, caso a sua carta também não fosse corrigida pela inflação, você teria que de alguma forma inteirar mais R$19.101,60 para adquirir o seu sonhado imóvel.

Porém, como a carta também é atualizada pela inflação, o seu crédito que começou em R$100.000,00, ao final dos três anos que levou para ser contemplado também agora está em R$119.101,60, e por isso, não precisará de nada além da sua carta para adquirir o bem.

Agora ficou mais claro sobre como funciona e qual a finalidade da atualização do bem pela inflação, correto?

Contudo, além de saber como funciona, é também muito importante saber de que maneira isso pode impactar você.

O primeiro ponto importante sobre a atualização do crédito é que ele irá impactar diretamente no valor da sua parcela, pois, por conta do valor do crédito ter mudado, o valor da sua parcela também mudará, pois, como dito anteriormente, o consórcio é uma forma de autofinanciamento, ou seja, você mesmo se financia, juntamente com várias outras pessoas, e por isso, ao final do consórcio, sem considerar qualquer taxa, você terá que pagar no mínimo o valor do crédito atualizado.

Outro ponto importante é que, mesmo que você já tenha utilizado a carta e você não tenha mais a atualização do valor do seu crédito, o valor das suas parcelas será sim reajustado pela inflação do período, o principal motivo é que, caso todos não todos os participantes não tenham a sua parcela atualizada, a arrecadação do grupo ficará imparcial e quem ainda não foi contemplado será prejudicado, além disso, apesar de não ter mais a carta, agora você possui o bem, que também tende a ser atualizado de acordo com a inflação do período também.

Vamos ver um exemplo de como funciona a atualização:

Imagine que você entrou em um consórcio de R$100.000,00, sem considerar nenhuma taxa para facilitar, e que o grupo possui duração de 100 meses, neste caso, para saber o valor da parcela, basta dividir o valor do crédito pela quantidade de meses.

Ou seja, a sua parcela inicial será de R$1.000,00 por mês, contudo, vamos imaginar que o crédito é atualizado pelo IPCA, e que após um ano, o IPCA foi de 5,00%, neste caso, o seu crédito, que era de R$100.000,00 foi agora para R$105.000,00.

Já as parcelas, primeiramente você precisará calcular o saldo devedor atual, que é basicamente subtrair o que você já pagou do total da dívida, neste caso, 12 parcelas de R$1.000,00 seria o equivalente a R$12.000,00, ou seja, subtraímos esse valor de R$105.000,00, o que deixaria um saldo devedor de R$93.000,00, agora, para saber o valor da parcela, basta dividir o saldo devedor atual pelo número de parcelas restantes, que seriam 88 parcelas, que é o resultado das 100 parcelas iniciais, menos as 12 que já pagou, ao fim, a sua parcela aumentou de R$1.000,00 para R$1.056,81.

Agora que já conhecemos como funciona a atualização, vamos conhecer quais o índices de inflação mais comumente utilizados para realizar a atualização do crédito, e são eles:

IPCA:

O IPCA, ou Índice de Preços ao Consumidor Amplo, é a medida de inflação padrão e oficial do nosso país, ele é divulgado mensalmente pelo IBGE, e busca mensurar a inflação da cesta de itens mais consumida pela população dentro do período analisado.

IGP-M:

O IGP-M, também chamado de Índice Geral de Preços – Mercado, é uma medida de inflação também muito utilizada, e que busca mensurar a inflação da indústria, agronegócio e construção civil, pois, o IGP-M é na verdade um índice composto por outros três índices, que são o IPA(Índice de Preços ao Produtor Amplo), que compõem 60% do resultado do IGP-M, o IPC(Índice de Preços ao Consumidor), que compõem 30% do resultado do índice, e o INCC(Índice Nacional de Custo da Construção), que compõem os 10% restantes do IGP-M.

Atualmente o IGP-M é o índice de inflação mais confiável quando se busca mensurar a inflação da atividade econômica do país, ele é calculado e divulgado mensalmente pela FGV(Fundação Getúlio Vargas).

INCC:

O INCC, ou Índice Nacional de Custo da Construção, como falado anteriormente é um dos índices que compõem o IGP-M, contudo, ele serve principalmente como medida de inflação do setor da construção civil como um todo, e por conta disso, normalmente é o índice mais utilizado para se realizar a atualização dos consórcios de imóveis.

Assim como o IGP-M, o INCC é calculado e divulgado mensalmente pela FGV.

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Agora que conhecemos de A a Z o que é e como funciona o consórcio, vamos entender como se beneficiar desse produto?

O primeiro passo para entender como se beneficiar com o consórcio, é saber que ele é uma ótima ferramenta pensando em uma compra planejada, e que não há previsão para ocorrer nos próximos 2 a 3 anos pelo menos, pois o consórcio demanda tempo até a contemplação, mesmo que você dê um bom lance, ainda existe a possibilidade de não ser contemplado no curto prazo.

Por conta disso, entrar em um consórcio tendo paciência e tendo a estratégia correta, você conseguirá tranquilamente adquirir o bem que deseja, pagando muito menos juros do que em um financiamento tradicional.

Além do planejamento, pesquisar a maior quantidade de administradoras possíveis, para que tenha acesso aos melhores grupos é uma outra forma de se beneficiar, e para isso, ter um profissional de confiança que te auxilie nesta busca é essencial.

Em seguida, assim como em qualquer situação onde busque adquirir um bem, principalmente se for de alto valor, fazer as contas é talvez o mais importante, por exemplo, saber quanto de parcela você conseguiria pagar com tranquilidade sem que isso traga um risco para o seu orçamento, qual o prazo que se sente mais confortável, e se este prazo está de acordo com o valor da parcela, além disso, comparar taxas e demais custos entre as diversas administradoras também é essencial, para que não pague mais sem necessidade.

E para quem já adquiriu o bem e quer utilizar o consórcio, existe alguma possibilidade?

Sim, para você que, por exemplo, já adquiriu o seu imóvel através do financiamento e gostaria de utilizar o consórcio como forma de diminuir o custo do seu crédito ao final do período e não pagar o equivalente a três ou mais imóveis para o banco, é sim possível, contudo, é preciso prestar atenção a algumas regras.

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