Frequentemente, quando temos alguma emergência, ou precisamos fazer uma compra um pouco mais alta, precisamos de alguma forma de crédito. Porém, com as altas taxas de juro praticadas no Brasil tomar um empréstimo é quase sinônimo de problemas. Uma das formas de driblar essa questão é o empréstimo consignado que oferece juros menores.
Essa modalidade de crédito aposta na renda estável de algumas pessoas. Se você recebe, por exemplo, uma pensão do INSS, é muito mais seguro o retorno de um empréstimo. O empréstimo consignado desconta direto na folha de pagamento, o que facilita as coisas, mas deve ser visto com cautela.
Nesse texto vamos falar um pouco sobre as vantagens de optar pelo empréstimo consignado, quem tem direito e como ele funciona. Além disso, explicaremos os cuidados que é bom tomar, para não acabar em apuros.
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Como o empréstimo consignado funciona e por que os juros são menores?
Os juros, em geral, são proporcionais ao risco em uma operação financeira. Isto é, quanto mais risco alguém que investe corre, maior serão os juros esperados. Isso serve para suas aplicações, mas também para os bancos, que, de certa forma, estão “investindo” em você ao fazer empréstimos.
Em tempos de crise é mais provável que os juros aumentem, pois é menor a chance de a pessoa devolver o empréstimo. Por isso, o crédito tende a ser tão caro, principalmente nos empréstimos sem garantia. Com ela, o banco tem uma segurança muito maior de que receberá o dinheiro de volta, pois pode alienar o bem que você usou para pedir o empréstimo.
Uma solução para esse problema é o desconto das parcelas direto na folha de pagamento de benefícios e salários. Algumas categorias têm uma segurança muito maior de que vão continuar com a mesma renda. Aposentados, pensionistas, funcionários públicos e até funcionários com CLT podem entrar nessa lista.
Esse empréstimo com desconto em folha é o que chamamos de empréstimo consignado. A parcela desses empréstimos não pode ultrapassar uma porcentagem do valor bruto do salário ou benefício. Essa porcentagem é o que se chama de margem consignável, que até dezembro deste ano poderá atingir até 35% do valor da folha de pagamento. O normal é que a margem consignável vá até 30%, mas este ano por conta da crise o governo fez uma exceção.
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Empréstimo consignado versus empréstimo comum: qual tem mais juros?
Quando estamos falando de juros, sem sombra de dúvidas o empréstimo consignado é muito superior ao empréstimo pessoal comum. No Banco Safra, por exemplo, o crédito pessoal não-consignado em 2021 fica em torno de 1,80% ao mês, enquanto o consignado são 1,39%. Isso pode parecer pouco, mas a diferença é significativa se convertermos os valores ao ano: 17,96% para o consignado, enquanto não-consignado salta para 23,81%.
O cenário muda um pouco quando entra em cena a garantia de um veículo ou imóvel. No entanto, é preciso pesar o fato de que você precisa ter o bem para a garantia – e isso não está disponível para todos. Além disso, em caso de inadimplência, é possível que o banco aliene o bem em questão, o que não é nada legal.
Fora isso, a liberação do crédito consignado tende a ser muito menos trabalhosa. Afinal, só o que você precisa é comprovar a renda, uma vez que o dinheiro vai sair direto da folha de pagamento. Porém, é preciso que seu banco tenha convênio com a empresa que paga seu salário, tornando essa forma de empréstimo muito mais propícia para servidores públicos e beneficiários do INSS.
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Cuidados para tomar
Como em todo serviço financeiro, também no empréstimo consignado nem tudo são flores. Isto é, você precisa se cuidar para evitar endividamento e outros problemas financeiros. O que o consignado tem de bom são os juros, que tendem a ser mais baixos, mas ele faz isso em troca de outra forma de cobrança, que é o desconto em folha.
O desconto em folha não deixa muitas alternativas para você, consumindo parte da sua renda em determinado período. É preciso pesar o impacto que você vai ter com as parcelas do empréstimo. Mesmo que não cheguem ao valor máximo de 40%, elas podem ter um impacto considerável nas suas finanças.
Um padrão de comportamento comum entre seres humanos é menosprezar problemas futuros, em relação aos problemas presentes. Isso não é de todo ruim, pois nos habilita a focar no que precisamos agora. Porém, quando se trata de finanças, esse padrão pode ser uma grande desvantagem. Assim, vale a pena colocar tudo na ponta do lápis, mesmo que você confie no seu instinto.
Se você quer se planejar para ter as finanças em dia, uma dica que damos é se informar. Afinal, conseguir o melhor banco, os melhores empréstimos, saber onde investir são todas oportunidades que estão aí para quem vai atrás. Aqui no Meu Portal Financeiro você recebe a informação que precisa para otimizar sua relação com o dinheiro!